28.12.08

Luzes em mim

Fecho os olhos
e relembro que somente fechando-os e que posso enchergar...
enchergar aquilo que realmemte devo ver...

E quando os abro,
já está tudo escuro,
parece faltar luz dentro de mim.


Então pesco uma alegria qualquer nadando em imaginação,
sacudo-a com força,
e como Deus digo"haja luz!"

E as cores se misturam com as tristezas,
e as apagam uma a uma...

Então no fundo,
a alma grita uma palavra...
AMOR!

E tudo em mim muda,
se reverte...

As cores ficam difusas com as lágrimas que invadem meus olhos,
e o ar não chega a meus pulmões...

Me faltam palavras para descrever,
o choque de alegrias e dores,
a mistura de emoções e medo,
medo de amar,
ou medo de sofrer,
não sei aumenos...

Já não sei mais o que vejo a minha volta,
nem mesmo o que sinto em mim...
Só sei que os olhos deles me perturbam...
me incitam a amá-los até o fim...

Estou confusa agora,
as aqui dentro não posso estender a mão

As cores nascem em meus dedos,
lindas, belas e meigas...
e me contornam a alma como borboletas

Enquanto meus olhos soltam gotas de mar,
o gosto de um beijo invade de leve os lábios,
um misto de cheiros me toma as narinas...

A dor no peito surge e me acorda...
a dor de perder...
lancinante e profunda me faz fechar os olhos


Ah...
Dor insana de amar...
amar a quem,
não sei aumenos...

Só sei que acho que não devo amar.
Não devo amar os olhos seguros,
nem a boca doce de mel
devo amar as borboletas em meu rosto...

As rosas e seu perfume,
o doce gosto de ser mada...

Devo enfim amá-los?
sequer sei se sei amar
sequer sei se amo...

Sei aumenos quem sou?
Sou fraca,
triste e
tola...

Pra muitos eu sou assim...
Mas algo entres as cores e a vida
entre as trevas e a morte,
insiste em dizer,
que sou mais que um corpo repleto de alma...

Sou aquela que sofre,
e que ama,
seja como for...