Dilacero-me
de olhos fechados
prendendo a respiração
Meu grito sufuca
se funde às lágrimas
A dor me atormenta
o medo, o pânico
e então eu acordo
distante demais
Espero o socorro, a mão
o afago doce de vida
meus olhos não abrem,
as palavras morrem.
Socorro é meu chamado
e a surdez humana me ignora
enquanto me afogo
e suicido-me num mar de angústias
Seus olhos só os vêem
e morro aos poucos como eles
Dilacerada pela estupidez ignóbil
daqueles que não existem
E grita minha alma
dessolada pelo mundo
chorando sem piedade
por aqueles que a ignoram.