27.8.08

Negros olhos

Refúgio negro desses olhos
leva minha alma morta,
inerte e calma ao profundo abismo,
a vivência calma que é estar em seu sorriso.

Apago-me,
apego-me,
amar tais olhos consome tudo aquilo que será.

Escondo-me,
lancinante e interrompida,
grito, com as vozes,
procurando no nada teu corpo amigo.

O corpo quente
e enfadonhamente insano que me consumia os sonhos
e as vidas mais puras,
as horas mais longas.

E recordo o encanto dos teus olhos,
negros como a dor da tua partida infame
e dolorosos como um ultimo beijo.

Esqueço-me, mato-me
apredejo-me de lembranças...
e da esperança de te reencontrar.

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