há quanto tempo segredos eu guardo
num lugar reservado
dentro de mim?
Esqueci a folha,
o verso gritado,
mas elaborado
que remendava-me a alma
em um tempo ruim.
entristeci,
emburreci,
desevolui.
tornei-me um caco
do copo meio cheio que eu poderia ser...
com que intuito não sei,
só me desapeguei,
de sonhos vazios,
de esperanças ingratas,
de vencer.
tornei-me quem sempre subestimei.
em meus conceitos formados,
que eram mais cheios de pré
que conceitos.
entrei pra estatística,
como se eu pudesse calculá-la!
meus versos ficaram tão vazios
como minha mente,
inabitados,
abandonados e
alimentados com fast food midático.
e te culpei,
te culpei por levar consigo meu interesse,
meu amor,
minha motivação.
te culpei por me abandonar,
por me deixar em um plano
que sequer segundo
podia ser.
te julguei,
gritei,
fugi.
o que melhor eu faço?
versos?
mata-me de rir!
quis te odiar por tempo indefinido,
esquecer seu sorriso
e tudo que imaginei,
vivi,
sonhei,
frustrei.
a culpa nunca seria minha,
seria sua,
seria dele,
seria de deus
ou da fé cega.
me armei e cerquei de mentiras,
me satisfiz.
a tempestade do tempo trouxe-me os resultados,
a vergonha,
a tristeza e
mais um momento o lamento..
não há mais tempo!
o tempo que vc tanto fala hoje amar
é o que me sobra aos bocados,
o tempo que odeio e venero,
meu ócio,
meu defeito eterno.
mas quem ira me ouvir?
só vc leria as referencias..
mas vc esta longe de mais
para que eu te traga novamente aqui.
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