31.10.09

Porque devo amar


Diga-me porque devo amar

diga-me com lógica um real motivo
Ensina-me servo do desejo,
porque devo ser escravo de beijos.

Conta as luzes de seu corpo,
prende minha lama ao teu ego
Revela-me a essência do teu Eu
e devolva-me a minha solidão.


Entrega a mim, ó sonho escuro,
entrega meus olhos e coração
Que como tú e teus beijos,
me cuidam da alma com paixão.

Deixa-me então morrer tão só,
e esqueça os sorrisos meus
Em teus lábios não há mais gosto,
que me faça gostar dos beijos teus.

E entenda que o maior erro,
só é cometido pelos medos meus
Afoga tua alma em teu desgosto,
enquanto eu me mato em prantos teus.

Quando o Sol morrer assim contigo,
em um mundo azul viverei triste
Existir sem amor é uma castigo,
que não merece sofrer aquele que existe.

Então gritas entre tuas lágrimas,
que a mim queres salvar
E joga-te em meus braços de volta,
para que nossas almas possam dançar.

Sem o fazerdes serei mais sóbria,
Engolida de prantos a sussurrar
Que mil amores morri num dia,
que mil amores deixei de amar.

E não me ragues de tuas mãos,
nem me arranques de teu cheiro
Não mates amor vivo e eterno,
não culpes meu amor verdadeiro.

Amor de dores afoga-se em trevas,
em meus olhos derramo-me em loucura
A mão que grita a dor causada,
afaga a morte da minha cura.

O soluço amargo em meio as lágrimas,
e o medo sorrindo para a desgraça
Amor matado sofre de dores,
matado amor sofre em amores.

E só no silêncio posso escutar,
sussurro profundo de eco seguro
Jurando que jamais ei de jurar,
cantando os males que fois a causar.

Os dedos doídos de ódio profundo,
afagam os cabelos de quem amou
Enquanto meus olhos derramam seus medos,
sem chorar agora pelo que chorou.

Gritando o amor gira,
gritando que não quer acabar
E morre quieto entre as trevas,
do coração que não o quer carregar.

Mas o fim nunca é feliz,
para contentar aqueles que o querem
Morrer de amar mil amores,
é morrer de eternas dores.

Palavra pequena chorando nos cantos,
Amar, amor, amar
Revive em simples gestos,
se lhe quiserem ressuscitar.

Palavra tola que não se explica,
palavra boba que não quer morrer
Palavra que chora pedindo que voltes,
só porque o quero enquanto viver.

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